terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Violência na escola e suas consequências


Violência na escola e suas consequências


Na última década a violência nas escolas tem preocupado o poder público e toda sociedade, principalmente, pela forma como esta tem se configurado. O conflito e violência sempre existiram e sempre existirão, principalmente, na escola, que é um ambiente social em que os jovens estão experimentando, isto é, estão aprendendo a conviver com as diferenças, a viver em sociedade.
O grande problema é que a violência tem se tornado em proporções inaceitáveis. Os menos jovens, como eu, estão assustados. Os professores estão angustiados, com medo, nunca se sabe o que pode acontecer no cotidiano escolar; os pais, preocupados. Não é raro os jornais noticiarem situações de violência nas escolas, as mais perversas.
Não quero dizer com isso que antes não existia violência. Existia sim, e muita. “Desde que o mundo é mundo, há violência entre os jovens”. Todos os diferentes, para o bem ou para o mal, são vítimas em potencial na escola, há muito tempo. Brigas, agressões físicas, enfim, sempre existiram.
O que não existia antes e, que hoje tornou comum é que os jovens depredam a escola, quebram os ventiladores, portas, vidros, enfim, tudo que é possível destruir, eles destroem. Antes, não se riscava, não murchava ou cortava o pneu do carro do professor. Agredir fisicamente ou fazer ameaças ao mestre, nem pensar. Não se levava revolver e faca e não se consumia drogas e álcool no interior das escolas. No meu tempo, por exemplo, nunca se ouviu falar que um colega tinha assassinado um amiguinho na sala de aula ou que alguém tinha jogado álcool no colega e ateado fogo. Enfim, são muitos os relatos de violência extrema no interior das escolas.
Muitas de nossas crianças e adolescente passam por violências, e ficam calados – algumas delas não têm coragem de revelar, outras, por medo da retaliação do agressor. Essa violência entre colegas não é a única. A violência entre professores e alunos também tem crescido. Assustadoramente, a violência de alunos contra professores é a regra agora, e não mais o oposto. A violência não contra um ou outro, mas contra a escola mesmo, em todos os sentidos e modos, também tem aumentado.
O que tem intrigado a todos é que esse aumento da violência veio junto com a ampliação dos direitos dos cidadãos e com o Estatuto da Criança e Adolescente. Essa é uma questão que não devemos desprezar. No meu ponto de vista, o Estatuto prioriza os direitos em detrimento dos deveres.
Após a promulgação do Estatuto as ações contra a violência nas escolas tem se realizado a partir da mediação, conselhos, etc. O que, também, é muito bom. A mediação de conflitos é importante, necessária, e muitos problemas são resolvidos, mas, muitas vezes, não basta. Junto com a mediação, infelizmente, tem que haver a punição. Vou citar um exemplo que não é do ambiente escolar, mas por analogia podemos refletir sobre essa questão. Por exemplo, o problema de dirigir um veículo embriagado. A conscientização é importante? Sim. Resolve? Não. É necessário fiscalização, multa, prisão, etc.
Não estamos conseguindo resolver o problema da violência nas escolas e, isto é grave. Por quê? Falta, para isso, entendimento, lucidez. Ou seja, falta pensamento crítico, entender o “porque” agir e “como” se deve agir. Com tais perguntas é que os problemas podem ser amenizados. Para resolver, de fato, é preciso sair da mera indignação moral baseada em emoções passageiras, que tantos acham magnífico expor. Aqueles que expõem suas emoções se mostram como pessoas sensíveis, bondosas, creem-se como antecipadamente capacitados porque emotivos. Porém, não basta. As emoções em relação à violência na escola passam e tudo continua como antes. Para isso, não podemos ver o problema da violência sob um só viés. É preciso dialética, racionalidade, determinação e, sobretudo, a união de todos.
Podemos classificar inúmeras questões que levam a violência para o ambiente escolar. Por exemplo, os mais gerais: diferenças sociais, culturais, psicológicas, etc. e tantas outras como: experiências de frustrações, diferenças de personalidades, competição, etc. Também, podemos enumerar vários tipos, áreas, níveis de violência. Cada área do saber tem o seu método próprio de análise, a Filosofia, Sociologia, Psicologia e o Direito. Hoje, sabemos que a tendência da desfragmentação do saber é o melhor caminho a trilhar. Amultidisciplinaridade e a interdisciplinaridade é a proposta em voga de superação da fragmentação do saber. Somente através do dialogo aliado a práxis efetiva é que poderemos amenizar o grau de violência no interior das escolas.
 Esse círculo de violência deve ter um olhar mais universal, principalmente, por aqueles que pensam sobre a educação. É necessário ver que a violência contra a instituição escolar, contra colegas e professores e, de certo modo, a violência dos adultos contra as crianças, também, contém elementos de caracterização bem comuns. A não aceitação das diferenças em toda a sua amplitude – se é diferente, é hostilizado, desprezado, humilhado. E quando a vítima reage é violentada.
A não aceitação das diferenças, também, perpassa pela escola como instituição, com seus próprios professores, funcionários e com os próprios alunos. Essa uniformização, isto é, uniformizar o diferente, é feita com violência – em todos os casos. E esse comportamento institucional, gera violência.
Não são raros os casos em que o professor que faz a aula diferente, ainda que seja boa, é admoestado pelo diretor. O diretor que pensa diferente é castrado pelos supervisores ou pelo dirigente regional de ensino e, assim, sucessivamente. O aluno que é diferente, que pergunta demais é admoestado pelo professor e, aquele que pergunta na hora que a aula está acabando é vaiado pelos colegas. Essas são pequenas violências que alimentam as grandes violências. Não reconhecer nesse processo é o nosso grande problema. Atualmente, vivemos um problema ético de não reconhecimento da nossa incompetência, o problema sempre são os outros, eu não.
A escola é o primeiro ambiente social que a criança experimenta, antes disso, ou seja, na socialização primária se restringe a família, igrejas, vizinhos, enfim, um circuito bastante restrito. É na escola, aonde ele vai, realmente, experimentar um ambiente social – lá ele vai aprender a conviver com as diferenças e constituir um ser para si. Esse ser é para a sociedade.
Por isso, a urgência que se tornou essencial hoje – e que muitos não percebem, é tratar a violência na escola como um trabalho de lucidez quanto ao que estamos fazendo com nosso presente, mas, sobretudo, com o que nele se planta e define o rumo futuro. Para isso, é preciso renovar nossa capacidade de diálogo e propor um novo projeto de sociedade no qual o bem de todos esteja realmente em vista.

Fonte:

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/violencia-na-escola-e-suas-consequencias

TAL - 2012 - Da lembrança até a realidade



Apresentação do poema Da lembrança até a realidade produzido e interpretado pela aluna do 2º Ano turma B - Vesp. JÉSSICA DE JESUS.

A produção foi classificada em 3º Lugar na Etapa Regional - DIREC-13 em Jequié.

Leia na integra o texto do trabalho.



                    Tempos de Artes Literária – (TAL)2012
COLÉGIO ESTADUAL VALMIR OLIVEIRA GOMES – CEVOG


DA LEMBRANÇA ATÉ A REALIDADE


         Às vezes quando me recordo do passado; lembro-me o quanto a vida parecia tão simples e fácil de entender. Lembro das pessoas andando nas ruas, sem pressa de chegar; com um sorriso estampado no rosto e sem nada para se preocupar.
            Mas quando olho a sociedade presente, vejo que muita coisa mudou: o descanso transformou-se em angústia, o sorriso tornou-se choro e a leveza solidão. O que estamos fazendo de nossas vidas? Deixando o medo falar mais alto que a nossa sede de liberdade e justiça, ou pior? Deixando a nossa covardia e fraqueza para enfrentar os problemas de frente falarem mais alto que a nossa própria confiança? Estou vendo o mundo se reduzindo ao extremo pó, por conta de atos irresponsáveis de quem acha que tudo se multiplica e nada se perde.
            Mas não é bem assim, a visão de hoje é a mais terrível de todos os tempos! Vejo famílias com crianças sem um teto nem o que comer, vejo jovens e adolescentes no mundo das drogas e nós não temos nada para defendê-los; vejo também o outro lado da moeda: políticos! Gastando o dinheiro do povo em mansões de luxo, carros importados, propagandas políticas e em farras junto a grupos da alta sociedade.
            Então, eu lhes pergunto agora: se neste presente as coisas estão assim, imaginem o que poderá acontecer no futuro que está por vir? Sinceramente, eu desisto de entender o mundo em que estou, pois, do que adianta falar dos problemas se as pessoas nem se comovem com o que digo? O jeito mesmo é esperar e ver no que vai dar.


Autora: Jéssica de Jesus. Aluna do 2º B do Ensino Médio vespertino -  Colégio Estadual Valmir Oliveira Gomes /CEVOG
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Video do PROVE classificado na Etapa Regional

Video documentário produzido pela aluna FERNANDA ANDRADE SANTOS, 2º Ano A turno matutino.
Foi classifiado na etapa local - CEVOG e na etapa regional, representando a DIREC-13 na etapa Estadual em Salvador.

Infelizmente, o PROVE - Produções Visuais Estudantis e o EPA - Educação Patrimonial e Artistica que são projetos relativamente novos e deveriam receber mais atenção, mais divulgação acerca dos critérios de avaliação. E como o ano letivo, foi tumultuado devido a paralisação, a coisa foi feita a "toque de caixa" prejudicando os projetos estruturantes da SEC. Dai resulta o não acontecimento da etapa estadual.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

COLEGIADO ESCOLAR - ELEIÇÃO NO CEVOG

ELEIÇÃO COLEGIADO ESCOLAR



O Colegiado Escolar é um conselho formado por diretores, professores ou coordenadores pedagógicos, servidores técnico-administrativos, estudantes, pais ou responsáveis e comunidade local, que atuam a partir do compartilhamento de responsabilidades nas ações voltadas para o desenvolvimento da educação.
O papel do Colegiado é ampliar a participação de representantes das comunidades local e escolar na gestão administrativa, financeira e pedagógica da escola, promovendo o monitoramento e a avaliação para a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem.

Aqui no CEVOG a Comissão Eleitoral presidida pela Profª MARICELMA PEIXOTO DAS VIRGENS, coordenou os trabalhos da eleição que ocorreu sem nenhum problema.

Aproveitamos para no mesmo dia da eleição entregarmos os boletins dos alunos e a carta de confirmação de matricula - 2013. O processo deu resultado uma vez que, com o descaso da Prefeitura Municipal de Jitaúna em não pagar os motoristas do Transporte Escolar, o prejuizo para os estudantes que residem na zona rural foi imenso. A "justiça" foi outro vexame, a omissão frente o assunto que é um dos Principios da Administração Pública, o não cumprimento dos 200 dias letivos, além da improbidade administrativa, pois, o recurso vem direto do Governo Federal e Estadual. E a "justiça" nada fez. UMA VERGONHA.

Nossa Comunidade Escolar, apesar do desabafo acima, participou do processo e elegeu os novos membros do Colegiado Escolar para o biênio 2013/2014. Vejam ai o resultado.

Relação de Candidatos ELEITOS - NOVOS MEMBROS DO COLEGIADO ESCOLAR DO CEVOG
Segmento: Professor ou Coordenador Pedagógico
Inscrição
Cadastro
 Nome 
 Total de votos 
6
0114538707
DANILO RIOS XAVIER
7
2
0114502463
EDUARDO LOURENCO DOS SANTOS
2
1
0113559069
ERENICE GERTRUDES OLIVEIRA RAMOS SILVA
1
3
0115143262
SARA VAZ DIAS
1
4
0115316514
EDELZITA DIAS CAROSO DUARTE
1
5
0112592933
MARICELMA PEIXOTO DAS VIRGENS
0
Segmento: Funcionário
Inscrição
Cadastro
 Nome 
 Total de votos 
1
0115397528
TAIALA RAYRES DIAS
2
Segmento: Estudante
Inscrição
Cadastro
 Nome 
 Total de votos 
8
8447189
ANTHYARA JESUS SOUZA
109
1
5038792
JOÃO VITOR SANTOS FARIAS
68
6
8517356
JOAO VITOR SOUZA BARRETO
48
2
8214147
FERNANDA ANDRADE SANTOS
47
4
7248425
ERICA RODRIGUES DOS SANTOS
44
7
8574063
REBECA ALVES GRIMA
34
5
7430213
THAYS SANTOS NERI
16
3
8055983
CRISTINA POMPONE DA SILVA
0
Segmento: Pai/Mãe/Responsável
Inscrição
Cadastro
 Nome 
 Total de votos 
1
77745221153
MARINALVA PEREIRA DA SILVA
83
4
16111461869
ELIENE ROSA BARBOSA
30
2
71909850500
IRAILMA COSTA DE BRITO
19
3
03363227558
DAMIANA DE JESUS
12


ANTHYARA 1º MEMBRO 
 JOÃO VITOR FARIAS 2º MEMBRO

THAYS SUPLENTE


ERICA SUPLENTE
FERNANDA ANDRADE - SUPLENTE









JOÃO VITOR BARRETO - SUPLENTE

REBECA GRIMA - SUPLENTE